Eram 3:30 quando o relógio despertou freneticamente,
relembrando a hora de zarpar. O corpo lá respondeu, que depois de meia-hora de
sono ainda nem tinha arrefecido, e a mente começou a processar todos os
detalhes, tarefas e coisinhas que a fazer antes de sair. Estava na hora, a
grande viagem estava a começar.
Pequeno-almoço tomado, tralha reverificada, mochila às
costas, casaco e calças de bolsos cheios (que a Ryanair a isso obriga), e lá
seguimos para o aeroporto. O sono ainda pesava aos miúdos, que pelo caminho foram
dormitando, mas não a mim: cá dentro sentia bem forte que agora era o dia e a
hora da aventura que mudaria as nossas vidas, o dia e a hora em que passaria da
teoria à acção, era HOJE. E se por um lado o entusiasmo era indescritível, por
outro lado confrontava-me pela primeira vez com a real dimensão do que me
propusera fazer, com a adrenalina de ver chegada a hora do tudo ou nada. Ao
sair de casa, colocando a mochila no carro, sabia que desse por onde desse
chegaria de volta são e salvo, isso não me preocupava: a questão era
“Como?...”. Essa questão, porém, ocupou-me a mente só ao de leve, pois no fundo
o que importa é o que vamos fazer, o como acaba por surgir, como se de um GPS
se tratasse: dizes-lhe o destino e o percurso aparece. Como tudo isto é uma
certeza para mim decidi concentrar-me no objectivo e pronto: voar para
Skelleftea, no norte da Suécia e voltar inteiro, sem computador, telemóvel ou
dinheiro!
NOTA: este texto é apenas um excerto do primeiro esboço do livro, não o texto final... É só para aguçar a curiosidade!
Muito bem, falta o resto....fico a aguardar, caro colega! Vi neste teu primeiro esboço, o que eu sinto por vezes quando vou de viagem para a Índia e/ou China, não preocupado com os aspetos financeiros (como é óbvio), mas sim como a viagem irá correr, pensando cá para mim, espero que tudo corra bem...!
ResponderEliminarForte abraço.