Em Quarteira, à espera do autocarro para regressar ao norte |
Estou neste momento a aguardar o autocarro que me levará ao
norte, depois de 3 dias de apresentações pelo Algarve. Enquanto espero não
resisto a partilhar convosco uma sequência de três fantásticas situações que me
aconteceram hoje.
Depois de uma conversa com o Pe. José Campôa, ficou
combinado que iria apresentar o livro às comunidades de Quarteira e Vilamoura,
hoje de manhã. Assim foi, e o primeiro episódio aconteceu em Quarteira: estava
eu a vender livros depois da missa, quando um cavalheiro inglês me abordou,
pedindo que lhe explicasse em que consistia o livro e o projeto. Ao perceber
que havia uma causa social envolvida, entregou-me 50€, levou um livro e sugeriu
que usasse o remanescente para “financiar” um livro a quem não pudesse comprar.
Agradeci, e continuei o meu trabalho.
O segundo episódio, já em Vilamoura, surge na sequência
deste: uma senhora aproxima-se da banquinha, pergunta mais sobre a história, e
no fim diz-me que gostava de comprar, mas como estava desempregada e a situação
estava a ficar muito complicada não poderia fazê-lo... A ligação ao episódio
anterior foi imediata na minha cabeça, e eu poucos segundos a senhora tinha o
seu livro na mão, autografado, cortesia do cavalheiro inglês. A forma
comovidíssima com que me agradeceu fez-me relembrar porque escrevera o livro...
para ajudar muitos! E ali estava a
acontecer!!!
O terceiro episódio acontece já comigo a arrumar os 7 livros
que sobravam, com a última pessoa que se abeirou da banca. A senhora quis
conhecer o projeto e o seu mentor, e depois de lhe explicar tudo acabou por
pedir um livro, para uma das netas. A conversa continuou, e a certa altura
vira-se para mim e pergunta quantos livros sobram... “dará um para cada um dos
meus netos?”, perguntou. Querem saber quantos netos tinha?... Pois, é isso:
sete!
Costumo dizer que o que deixamos cá, quando partimos, são
apenas as memórias e o que de bem fizemos neste mundo... Cada passo desta
aventura do Pé Descalço tem vindo a confirmar isto, e por isso deixem-me
repetir: a vida é bela!
Adorei, fico contente por si Ricardo, abraço! :D
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