Concentradíssima, a editar o livro! |
À data, eu trabalhava como Gestora de Marketing e
Comunicação da Delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa, instituição para
a qual reverteram parte das receitas do Ignite realizado na Cidade dos
Arcebispos. Por esse motivo – profissional – aliado ao meu interesse pessoal
por este tipo de eventos, fui até ao GNRation nesse final de tarde.
Depois de algumas apresentações interessantíssimas (e
outras nem tanto, verdade seja dita), surgiu o Ricardo Frade. Um tipo com ar
tresloucado que sobe ao palco para, com um entusiasmo notável, contar que tinha
vindo da Suécia para Portugal sem dinheiro. Lembro-me de rir, e de comentar com
o Coutinho (um amigo que me acompanhou a este evento), aquando do quinto slide,
que “este gajo” era “maluco!”. A terminar a sua intervenção, o Ricardo diz que
vai iniciar a fase de escrita do livro, e que se alguém na sala estivesse
disposto a ajudá-lo na tarefa de edição, era muito bem-vindo. E depois diz algo
como “ali está uma menina! Já vamos conversar!”. A “menina” era eu. Eu tinha
erguido o braço, sem pensar. Quando me apercebi dos rostos sorridentes voltados
para mim entrei em pânico, baixei o braço e olhei, desesperada para o meu
amigo. “Eu nunca editei um livro!”, disse-lhe. E ele, com a sua racionalidade
característica, acalmou-me até chegar o momento de falar com o Ricardo.
Só mesmo depois do término de todas as apresentações
é que conversámos, o que me deu tempo mais do que suficiente para ensaiar o
discurso: “olhe, antes de mais parabéns pela apresentação, e pelo projecto todo,
que é interessantíssimo! Espero que tenha muito sucesso, mas eu não devia ter
erguido o braço. Não tenho a experiência e o know how de que precisa”. Quem conhece o Ricardo a esta hora está a
rir e a pensar “oh rapariga a quem tu foste dizer isso!”. O Ricardo
respondeu-me “então mas qual é o problema?”. “Nunca editei um livro”,
confessei. “E depois? Eu também nunca tinha vindo da Suécia para Portugal sem
dinheiro!”. Fitei-o, atónita, e completamente desarmada. “Diz-me lá, tens
sensibilidade para isto, não tens? Eu preciso de alguém que perceba alguma
coisa de edição de texto!”. “Bem, eu percebo alguma coisa. Quanto mais não seja porque faz parte da minha
formação académica…”. “Que é?”, Inquiriu-me. “Comunicação. Escrevo textos com
regularidade/facilidade. Já editei quase todo o tipo de textos. Jornais,
revistas, newsletters… mas nunca um livro inteiro!”. “Boa! Vai ser uma grande
experiência então”.
E está a ser. MESMO!
Paula Lobo, orgulhosamente ‘editora’.
"Paula Lobo, orgulhosamente 'Editora'" ;)
ResponderEliminarPenso que essa é provavelmente a melhor descrição para esta experiência por parte da Paulinha ;)
Votos de muito sucesso com o livro!
Obrigado!
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