Começo a crónica de hoje por revisitar uma questão que me colocam muitas vezes, e que já aflorei na crónica anterior: "mas tu vendes assim tantos livros nas escolas que valha a pena?!". Tudo vale a pena quando a Alma não é pequena, já dizia o poeta... Sim, vale: porque o trabalho se paga a si próprio (sem que fique rico, necessariamente), e porque vale sempre a pena quando passamos o tempo a cumprir a nossa missão neste "aquário" a que chamamos planeta Terra. Eu realizo-me a ajudar os outros a crescer, seja na área financeira seja noutras áreas; como professor, realizava-me a fazer os meus alunos crescer "transversalmente", como pessoas integrais que eram; e com estas visitas às escolas, não só me sinto realizado pedagogicamente como devolvo à sociedade, sob a forma da "inquetude mental" que imponho aos jovens, o que fui recebendo de tantas pessoas nos últimos anos. Mas sabem que mais?... Recebo ainda mais do que dou! Não acreditam? Ora vejam:
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Casa cheíssima, em Portimão! |
a) Recebo porque atravesso o país para apresentar o livro e encontro uma sala completamente esgotada, com mais de 150 alunos vibrantes e inquietos, ávidos de descobrir mais sobre a vida, que responderam de forma fantástica ao desafio (eles e os vários professores presentes).
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A comer Catchupa, um deliciosíssimo prato cabo-verdiano! |
b) Recebo porque sou acolhido de forma fantástica pelo Pe. José Pedro no seminário de Faro, onde dormi quatro descansada noites, e porque sou presenteado por um fantástico prato cabo-verdiano numa almoçarada com os seminaristas, alguns deles de Cabo Verde. E isto depois de, horas antes, não fazer ideia de onde iria dormir!!!
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Em Loulé, com os escuteiros da cidade |
c) Recebo porque sou convidado para jantar, do nada, por gente fantástica como os escuteiros do Agrupamento de Escuteiros de Loulé, que conheci numa missa na sua cidade, e que me "espremeram" largamente, no que toca ao que eu faço, à partilha das minhas ideias e até a técnicas de canto!
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Com Ana e Bal Krishna, mentor paciente na arte de gerir mente e emoções |
d) E recebo porque acabo a rever amigos como Bal Krishna (e a Ana), que com a sua paciência e tranquilidade, com um simples sorriso e um abraço, me fazem sorrir e me relembram que a vida é bela, que o nosso mundo interior tem um reflexo enorme no exterior e em tudo o que nos acontece!
Em suma, passo as viagens a dar, mas acabo a chegar a casa mais rico do que fui... Assim vale a pena!