domingo, 13 de setembro de 2015

Pequenos gestos aleatórios de Amor


Em Quarteira, à espera do autocarro para regressar ao norte
Estou neste momento a aguardar o autocarro que me levará ao norte, depois de 3 dias de apresentações pelo Algarve. Enquanto espero não resisto a partilhar convosco uma sequência de três fantásticas situações que me aconteceram hoje.

Depois de uma conversa com o Pe. José Campôa, ficou combinado que iria apresentar o livro às comunidades de Quarteira e Vilamoura, hoje de manhã. Assim foi, e o primeiro episódio aconteceu em Quarteira: estava eu a vender livros depois da missa, quando um cavalheiro inglês me abordou, pedindo que lhe explicasse em que consistia o livro e o projeto. Ao perceber que havia uma causa social envolvida, entregou-me 50€, levou um livro e sugeriu que usasse o remanescente para “financiar” um livro a quem não pudesse comprar. Agradeci, e continuei o meu trabalho.

O segundo episódio, já em Vilamoura, surge na sequência deste: uma senhora aproxima-se da banquinha, pergunta mais sobre a história, e no fim diz-me que gostava de comprar, mas como estava desempregada e a situação estava a ficar muito complicada não poderia fazê-lo... A ligação ao episódio anterior foi imediata na minha cabeça, e eu poucos segundos a senhora tinha o seu livro na mão, autografado, cortesia do cavalheiro inglês. A forma comovidíssima com que me agradeceu fez-me relembrar porque escrevera o livro... para ajudar muitos!  E ali estava a acontecer!!!

O terceiro episódio acontece já comigo a arrumar os 7 livros que sobravam, com a última pessoa que se abeirou da banca. A senhora quis conhecer o projeto e o seu mentor, e depois de lhe explicar tudo acabou por pedir um livro, para uma das netas. A conversa continuou, e a certa altura vira-se para mim e pergunta quantos livros sobram... “dará um para cada um dos meus netos?”, perguntou. Querem saber quantos netos tinha?... Pois, é isso: sete!

Costumo dizer que o que deixamos cá, quando partimos, são apenas as memórias e o que de bem fizemos neste mundo... Cada passo desta aventura do Pé Descalço tem vindo a confirmar isto, e por isso deixem-me repetir: a vida é bela!

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